quarta-feira, 4 de agosto de 2010

LINE UP: Tiago Franco



Como surgiu a ideia e o nome da festa?
O nome veio daquele boom do electro no Brasil, um híbrido de rock e música eletrônica. A maioria das músicas daquela época tratavam de temas perversos e libidinosos, o que nos inspirou pra chegar a esse nome.

Onde foi realizada a primeira Devassa?
Em uma sinuca na Lagoa, um lugar bem inusitado onde não rolavam festas. O clima era bem tosquinho, escuro, underground... É claro que a estrutura era precária, mas naquela época éramos bem jovenzitos e o que importava era se divertir, o local não importava muito, desde que parecesse subversivo.

Desde o início teve o perfil de itinerante? Quais os lugares mais bacanas onde já foi realizada e as bandas mais significativas?
Sim, sempre transitamos por diferentes locais e situações - dos mais glamourosos aos mais xexelentos - e é ótimo fazer o público oscilar entre o tudo e o nada, conhecer lugares novos e tirar desses locais novas experiências de noite. Gostei muito de uma Devassa no Sins Pub (que hoje não existe mais), da que aconteceu neste carnaval no Bianco, de uma no domingo à tarde no Iate. As bandas e projetos mais legais que já tocaram foram Bonde do Rolê, Boss in Drama, Copacabana Club, Cansei de ser Sexy, Database, Killer on the Dancefloor e uma série de DJs incríveis.

A Devassa tem um público super fiel. A opinião dessas pessoas influencia na hora de escolher o local da festa?
Muito. Sempre ouço a opinião das pessoas, acho que o feedback do público é o mais importante, afinal são eles que vão consumir aquilo que é proposto.

Você tem uma forte relação com a música, trabalha como DJ em diversos eventos e organiza outras festas. Como é a escolha das bandas ou DJs que tocam na Devassa? Você trouxe para Floripa bandas como o CSS e o Bonde do Rolê antes mesmo de elas conquistarem o público europeu. Você procura por novidades, analisa tendências de som?
Ouço mais por prazer do que por exercício de trabalho. É delicioso ouvir música nova e fazer apostas em novas bandas e DJjs e acompanhar o que tem saído de novo, mesmo porque com a velocidade da informação, deixar de se atualizar é opção ou preguiça.

A Devassa é uma festa diferente na noite de Florianópolis e, talvez, dentro do estado, com outro tipo de som e público, em comparação à maioria das outras 'baladas' da ilha. Nesses 06 anos,você percebe alguma diferença no público? Atraiu pessoas de outros estilos?
Acho que a Devassa amadureceu e em paralelo a isto o seu público, que hoje não é mais tão jovem quanto há seis anos, é mais aberto a pessoas de outros estilos. Muita gente casou, foi embora, se formou... Pessoas somem, outras aparecem. Apesar desse dinamismo da noite, quem pode continua freqüentando a festa.

Como começou a parceria com a revista Catarina?
O primeiro contato com a revista foi através de uma entrevista. Depois as coisas aconteceram naturalmente, fomos nos identificando até o momento em que resolvemos oficializar nossa parceria.

O que não falta no seu set list?
Uh, Lady Gaga! (risos) No meu set tem de tudo, de Ramones, Donna Summer ao último hit do electro, depende do humor e do momento.

O que você ouve quando não está trabalhando?
The Cure, Bolshoi, Foals, The Cars, Frank Sinatra, Maria Bethânia, David Bowie... Um pouco de tudo.

Quais as próximas bandas ou DJs que vão estourar segundo Tiago Franco?
Devemos prestar atenção em: Gold Motel, Jupiter, Karen Welson, Tame Impala, The Phenomenal Handclap Band, Mayer Hawthorne, Pixelman, Moulinex, Yolanda Be Cool, Foals, Tesla Boy, Caribou, Canyons, James Curd, Bonobo e uma infinidade que ficaria o dia todo listando.


*Entrevista feita para o blog da Revista Catarina, em relação a 26ª edição da revista e comemoração do aniversário de 06 anos da Devassa. Para ler na íntegra, clique aqui.




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